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Você sabia que nem todo trauma causa traumatização?

  • Foto do escritor: Bruna Cipriano
    Bruna Cipriano
  • 4 de abr. de 2024
  • 1 min de leitura

Não existe um ser humano isento de experiências traumáticas, essa é uma condição inerente a todos nós.



Quando ouvimos a palavra TRAUMA, associamos a eventos como abusos, acidentes, catástrofes, não é mesmo? Esses são os traumas de choque. Mas existem situações mais corriqueiras que também são vivenciadas como experiências traumáticas, desde uma situação de humilhação, exposição, perdas, separações, relações de apego inseguro, e por aí vai.


A pergunta é, se todos nós vivenciamos eventos traumáticos, por que uns desenvolvem adoecimentos como o TEPT (transtorno de estresse pós-traumático), insônia, agorafobia, doenças psicossomáticas e outras pessoas atravessam tais experiências sem se fixarem ao trauma?


Alguns fatores vão determinar se um trauma (o evento) vai produzir traumatização:

 

  • Quanto mais cedo uma pessoa é exposta ao trauma, mais vulnerável ela está, pois seu sistema nervoso tem menos recurso para se regular.

  •   Quanto maior a Intensidade da experiência traumática maior a chance do sistema nervoso se sobrecarregar.

  •   Quando a situação geradora do trauma é repetida e permanente.

  •   Quando não é possível a descarga da tensão gerada pela excitação do trauma, causando um congelamento, uma contenção, levando a ativação ininterrupta do sistema nervoso.

  •   Quando não existem recursos de autorregulação ou de corregulação, isso quer dizer, passar pelo evento do trauma sem o auxílio de alguém que seja um continente de segurança.

 

Esse é um assunto com muitos desdobramentos e manejos. O trabalho com o trauma requer de nós terapeutas conhecimento e disposição para construir juntos com os nossos pacientes um vínculo capaz de transformar as traumatizações em recursos de resiliência.

 

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