Ganhar e Perder
- Bruna Cipriano
- 16 de dez. de 2023
- 2 min de leitura
A vida nos coloca diante de muitas portas e temos que atravessá-las! As boas, as ruins, as que escolhemos e aquelas que a vida nos impõe.

Se pudéssemos escolheríamos só ganhar, um filho, um relacionamento, trabalho. Mas também experimentamos perdas, mesmo contra a nossa vontade.
Na vida quanto mais nos abrimos para os ganhos, mais riscos assumimos, pois ousamos. Viver é assumir riscos!
O Eu não é o “dono” do destino, como diz a lei da atração. Há outros mistérios que imperam na vida, e aí somos pequenos e podemos experimentar perder o controle. da mesma maneira também aprendemos a confiar e nos entregar a esses misteriosos caminhos que fogem aos nossos planos.
Um dos ensinamentos que podemos aprender com as perdas é, aproveitar para ganhar a nós mesmos/as. O que isso quer dizer?
Significa ir se desprendendo do velho e conhecido, ir abandonando velhas identidades ou identificações que um dia nos serviram, mas que agora nos oprime, nos causa sofrimento e paralisia.
São papéis que funcionam no passado, foram funcionais, mas no presente, devido às circunstâncias nos paralisam, nos deixam nostálgicos, meio vivos.
Um dos maiores obstáculos para assumirmos perdas é nos agarramos rigidamente a uma identidade, Eu sou isso, eu sou aquilo, por exemplo gosto de bicicleta: identidade ciclista.
Outro exemplo, se nos identificamos com o papel do profissional bem sucedido, quando esse ápice passar, por exemplo na aposentadoria, essa antiga identidade precisa se flexibilizar para agregar o novo.
Sofrem menos quem têm identidades flexíveis, quem consegue atravessar a porta do desalento e soltar o lastro da identidade para entrar em outra vida, mais autêntica, que faça mais sentido, afinado com as circunstâncias da vida.
Mudamos de papéis e de identidades, mas mantemos ao longo de uma existência uma essência, nossos valores, os risos, afetos, choros.
Não faz muita diferença quando conservamos essa âncora, se somos elogiados ou criticados, amados ou injuriados. O importante é continuar caminhando nosso próprio caminho.